24 agosto 2009

O povo e a sua memória curta

A importância de dizer não à Manuela Ferreira Leite prende-se tão só com o facto de, bem, sem querer alarmar ninguém, apesar de se tratar de uma catástrofe, ela poder ganhar.

É que mesmo com a quantidade abismal de tiros no pé que tem dado, pior do que os que atacam de fora, são os que corroem por dentro. Sabem o que aconteceu da última vez que a esquerda se dividiu toda, quais claques do Benfica que incendeiam as sedes umas das outras? Isto:


O povo é soberano, só é pena que tenha uma memória tipo peixe.

7 comentários:

Unknown disse...

Paula, para a Ferreira Leite ser 1a Ministra só há 2 hipóteses: 1º, no caso do PSD e CDS tiverem mais dos 50% deputados. O que nem depende das pessoas de esquerda...

O outro cenário é no caso de apesar do PS+CDU+BE tiverem mais de 50% dos votos, o PSD alcançar uma maioria relativa.
MAS NESTE CASO, a Fereira Leite
só será 1a Ministra se houver CONIVÊNCIA do PS, i.e. se o PS aceitar a nomeação dela.

Paula disse...

A matemática, felizmente, ainda vou sabendo fazer.

O problema com a divisão da esquerda é concentração de esforços. Se a esquerda se ataca permanentemente, quem sai a ganhar é a direita. Não se espera que o BE ou a CDU apoiem o Sócrates, mas podiam era já ter apontado as baterias à MFL.

O Cavaco ganhou por menos de 1%. A energia que a esquerda gastou a dividir-se tinha sido mais que suficiente para ter eleito outro presidente.

Unknown disse...

Se um partido de "esquerda" segue politicas de direita, mas ninguém lhes critica por isso, então a direita ganha na mesma.

Quanto à eleição do Cavaco, se a esquerda se dividiu foi porque alguém tentou impingir um candidato que não reunia o consenso da esquerda.

Paula disse...

Porque é que a esquerda se dividiu francamente parece-me pouco importante, mas aconteceu e o resultado deu no que deu.

É, de facto se um partido de esquerda segue políticas de direita é natural que a direita ganhe. Pode ser que numa futura legislatura venha a existir um caso desses e logo se verá.

Pedro disse...

O discurso de que o PS segue políticas de direita é mais um exemplo (quanto a mim injusto) de um ataque sem nexo desferido pelo PC e BE.
Já sabemos da audácia irresponsável de quem sabe que não vai ter de prestar contas aos Portugueses. Fazer propostas não exequíveis, absolutamente fantasiosas, tendo como base uma taxação extra-ordinária às grandes fortunas, é irrealista e hipócrita. Concentrem-se em não ter um serviço de saúde, educação, segurança social, saneamento, gás, etc, privado que é aquilo que realmente a direita se propõe a fazer. Livrar-se de todas as responsabilidades, dando oportunidade a empresas privadas de cobrar mais por serviços que temos por apenas taxas moderadoras ou mesmo gratuitamente. Vender, amealhar, guardar debaixo do colchão e não investir. E vender de preferência aos "amigalhaços" (lá está mais uma vez a memória curta...)
Enfim... resumindo, nem a irresponsabilidade do que não se pode cumprir, nem a de fugir ao que se deve fazer... é por aí que vou!

Pedro disse...

Infelizmente, os meus medos confirmaram-se e a Sra. Manuela apresenta um programa eleitoral lamentável de estado mínimo. Concentrem-se em quem precisa de combate político. Façam oposição a quem quer realmente parar Portugal... ou voltar ao século XX.
Concentrem-se...

A menina das bolinhas disse...

Eu de política percebo muito pouco... Mas estará a Manelinha à espera que a geração a que ela apelidou de "rasca" vá votar nela? É que nós que estudamos e estamos na casa dos vinte e muito e trinta e pouco ainda somos alguns... E eu pelo menos não tenho memória de peixe