21 dezembro 2006

Alguém tem uma bazuca que me possa emprestar?

Já não é a primeira vez que os comentários ás notícias do Público online me supreendem. Mas mesmo muito - do género "em que universo paralelo é que estas pessoas moram?" ou "o mundo está irreversivelmente perdido se algum dia estas pessoas saírem à rua.".

O caso Plutão. Click it, read it and weep.
A primeiríssima preocupação é, obviamente, como fica a astrologia com a despromoção de Plutão a planeta-anão. À semelhança da catástrofe-que-nunca-foi do Y2K na passagem do milénio-que-também-não-era, esta nova definição pode por em causa séculos de árduas pesquisas no campo do adivinhamento do futuro.
É mais provável que o vizinho do lado (da frente, pronto), que por acaso até é portista, influencie o meu futuro (e o de outras pessoas, em particular benfiquistas) do que um calhau que está a ~5.000.000.000km - sim, são 9 zeros. O meu vizinho está a menos de 5 metros.
MAS!! Não obstante esta válida(!) preocupação, há quem venha defender o direito á dignidade dos anões - Por ser anão já não é planeta. E os anões-pessoas também deixam de ser pessoas?...
... Ouviram? Era a minha gargalhada.


Mais recentemente, tivemos o caso Spitzer. Now weep some more.
Dois, simpáticos, comentadores sugerem que a imagem obtida com o Spitzer é o resultado de uma limpeza feita com Sonasol. Não fosse de tão mau gosto, continuava a não ter piada nenhuma.
Pior do que uma piada de mau gosto, são duas piadas de mau gosto - pelos vistos é suposto ser-se condescendente com o gozo ignorante, caso contrário leva-se logo com um rótulo, daqueles com uma borda azul cortado nas pontas, bem coladinho na testa a dizer 'arrogante'.

Agora a sério, alguém tem uma bazuca que me empreste para eu dar largas à minha imaginação? Não? E uma Glock 9mm?

6 comentários:

Anónimo disse...

Para já é "weep", e não "weap" :)

Sempre achei que não devíamos deitar abaixo quem, inconscientemente, está uns patamares abaixo de nós, quer em termos de educação, quer em termos de cultura. Claro que o pior burro é o que não quer aprender, e por isso só gostava de transcrever aqui um desses comentários:

"não conhecem a história da vingança do anão? e os anões humanos, que não querem que lhes chamem isso mas pessoas pequenas seguindo o politicamente correcto, vão sentir-se excluídos. Francamente... quanto à astrologia, quando meterão na cabeça que é uma religião como outra qualquer e bem menos perigosa de que as costumeiras? Ainda não vi nenhuma cruzada ou jihad ou holocausto em nome da astrologia, por isso Avé astros ! Vamos agora explicar as crenças cientificamente? tenham juízo !"

Vá, matar não, mas se for para dar umas pauladas (no pun intended), conta comigo!

Paula disse...

Weap, weep... tumeitou, tumátou.

Ah meu caro, mas o problema reside aí: os que estão abaixo, estão-no conscientemente! E não falo de educação ou cultura, falo de bom senso apenas - acessível a qualquer um, sem necessidade de canudo. Bem sei que é abstracto, mas ainda assim (quando usado com moderação) surte efeitos positivos.

Nota: Se os comentários fossem de música ou dança, tu também pedias uma Glock!

Anónimo disse...

Hi Sweetie! Sem ter a ver com este comentário directamente, também gostaria de uma bazuca...
Estive a jogar party and company a semana passada e só tenho uma pergunta para te fazer: Is the rest of the world retarded? :)
Fi

Paula disse...

Ó Fi, como eu te entendo!
Mas já 'tou como diz o Rupes: por mais que dessemos largas à imaginação havia sempre alguém que não entendia que dois tracinhos ao alto é plural! Ou que uma bolinha torta é algodão. São anos, decadas!, de prática! :)

Cash disse...

Pois a mim parece-me tão credível que o universo tenha nascido duma mancha de Sonasol como se tenha saído do tal de Big Ben... onde já se viu, um relógio a cuspir cá pra fora planetas e estrelas! Estes astrónomos estão doidos... deviam ficar-se por ler palmas das mãos, é o q é!

Paula disse...

BANG!! Big Bang! Qual Ben...