15 novembro 2009

Le 8 mm critique - 2012

Eu gosto de filmes catástrofe. É um guilty pleasure consequência directa do que mais gosto no cinema - viver o que não se vive na realidade. A expectativa é sempre baixíssima mas até agora, fosse qual fosse a desgraça e a colossal violação das leis da física, havia sempre entretenimento.

Com 2012 o entretenimento é pura e simplesmente substituído pela mais grosseira tortura.

Ainda antes de passarem 5 minutos de filme, já se ouvem barbaridades sobre neutrinos degenerados que se transformam em micro-ondas - por esta altura já me estava a rir desalmadamente e não entendi bem como é que isto acontece - que fervem o núcleo da Terra.

A partir daqui o filme é todo ele uma catástrofe, a quantidade nauseante de clichés é impressionante: presidente dos estados unidos preto que não abandona a Casa Branca, pai arrependido que não vai a tempo de falar com o filho, o russo bilionário com uma barbie de mamas novas, o piloto do Antonov a subir na vertical para se explodir todo com o avião no chão, o divorciado e falhado escritor que vira herói, o zé ninguém que faz frente ao líderes do G8, a porta da arca que não fecha à última hora, etc etc etc. É um excelente filme de efeitos especiais completamente arruinado por um argumento do mais piroso que alguma vez foi escrito. É um insulto de duas horas e meia à inteligência de qualquer um de tal forma que se os produtores tivessem fumado as notas do orçamento, ficávamos todos mais felizes.

E por mais que me esforçe, por mais que tente, continuo é sem entender porque é que houve quem batesse palmas ao fim do mundo mais azeiteiro de todos os tempos.

O Momento: São todos muito maus.

A Frase: Idem aspas.

2 comentários:

Rui disse...

I think that *this* will be the "bad movie" against which I'll measure all the other movies. I think I'll even use it as a unit of measure!

Paula disse...

Nop. The worst movie ever? That movie we should use as a unit measure for all the other movies? Ghost Rider!