Não faço ideia de quando serão as eleições legislativas (acho que ainda ninguém sabe) e muito menos sei em quem vou colocar a cruzinha para formar governo. É portanto fácil de concluir que votar no PS, com Sócrates à frente, é uma opção tal como todas as outras.
O problema com que me deparo é que até agora nada de substancial tinha contra ele - concordo com algumas coisas, discordo de outras, na esmagadora maioria das vezes tenho dúvidas que alguém da oposição fizesse melhor e tenho certeza que é impossível agradar a gregos e a troianos.
Só que durante esta semana, o senhor meteu o pé na argola forte e feio. Não, não é por causa da avaliação dos professores (como é sobejamente conhecido, concordo agora até mais do que concordava há uns meses), nem do caso Freeport (que só tem servido para mostrar o mau jornalismo que por cá se pratica cada vez com mais frequência).
É porque esta semana José Sócrates disse, na moção que apresentará no congresso, que se compromete em defender o casamento entre homossexuais quando há 4 meses atrás chumbou o diploma do PEV e do BE sobre este mesmo tema sob o pretexto de que não estava na agenda do governo para esta legislatura.
Mas brincamos ou colamos cartazes? Em Setembro do ano passado, centenas de casais estiveram a um passo de conseguirem o que é seu por direito e ele tira-lhes o tapete e agora porque quer dar uma de esquerdista moderno e conquistar votos, apela ao lobby gay? Mas está tudo maluco?
Apesar de ser completamente a favor da atribuição de todos os direitos a casais homossexuais - adopção incluída - estou a um passo de contribuir para acabar com esta fantuchada: como ouvi dizer na TSF, "se eu fosse gay, agora não votava nele".
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