15 novembro 2007

A morte saiu à rua num dia assim

Hoje, ao folhear a TIME, li que o homem que matou carregou no botão e fez desaparecer milhares de pessoas ao deixar cair, ups!, uma bomba atómica, Paul Tibbets, morreu. Não posso dizer que tenha ficado abalada com a notícia, não.
Não acredito que as bombas atómicas tenham salvo vidas - seria o cúmulo da insanidade matar mais de 200 mil pessoas e chamar a isso salvar vidas - e também não acredito que acabaram com a guerra. Foi apenas uma enorme, reles e cobarde desmonstração de virilidade dos Estados Unidos, em forma de cogumelo.

Dar-lhe-ia o benefício da dúvida se ele pelo menos tivesse ficado calado - porque não dou?

"I'm proud that I was able to start with nothing, plan it and have it work as perfectly as it did... I sleep clearly every night."

Eu diria que a terra lhe pese mas o homem foi cremado. Por esta hora deve andar a boiar nas águas do Canal da Mancha, arrastado por um ferry boat qualquer. E também não posso dizer que não mereça, não.

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