Spoiler.ss.
Ver o filme 300 é mais ou menos como folhear um comic book a grande velocidade. Não há um único frame no filme que não pareça ter sido pintado à mão e, perdoem-me os puristas do cinema, está excepcional. A mim não me incomoda nada que mais de metade do filme tenha sido feito, ou acrescentado, por computador. Os cenários são digitais mas os actores são de carne e osso, e abdominais. Muitos abdominais.
O argumento não tem muito que saber, é a mesma lengalenga do costume: the good guy beats the crap out of the bad guy. E no fim morre, claro, em nome da pátria, por um bem maior, Sparta ao que parece, deixando para trás mulher e filhos que prometem vingá-lo pela eternidade fora, bla bla. A categoria está ali muito próxima do Gladiador e do Matrix. E do Rei Leão.
A fotografia do filme (a cargo de Larry Fong que já se encarregou de alguns episódios de LOST) - e agora entra a polémica se um filme que tem tão pouco de filmagem pode ter uma categoria de fotografia, eu acho que tem - deixou-me de boca aberta. O ambiente soturno do filme, a saturação em algumas cenas, o grão da imagem, a definição das cores, o cuidado das formas, a luz, é o domínio completo do Photoshop. E eu adoro. O que mais gostei no filme foi a representação do sangue, meio plastificado, indiscritível.
Para filme, 300 não é nada de absolutamente fantástico, mas visualmente? É um regalo. Em vários sentidos, mas refiro-me em particular ao efeito over real que o filme tem, onde tudo parece perfeito demais. Vale muito a pena ver, no maior ecrã que se conseguir encontrar.
O Momento: A conversa entre Xerxes (Rodrigo Santoro), que tem a voz 3 oitavas abaixo do que é suposto, e Leonidas.
A Frase:
Leonidas: Madness? This is Sparta!
2 comentários:
Mulheres. O nosso género é descrito como superficial porque a maioria de nós admite apreciar a beleza feminina, embora geralmente de uma forma um tanto ou quanto rústica com exclamações como "Ó boa!". O reverso feminino da medalha consiste na capacidade de descartar constantemente as "acusações" que vocês conseguem ser tão superficiais quanto nós. Aliás, deuses me livrem de pensar sequer que qualquer fêmea (provavelmente independetemente de espécie) tem um grão de superficialidade e futilidade...
No entanto, é ver 300 gajos em trajes menores de abdominais ao estilo de comics americanos e é v~e-las babar-se... oh well!
Agora com este comentário ao filme... estou mesmo tentado a ir ver o filme. (o que não estou tentado, é a dar 5 euros por um bilhete)... mas pronto.. hei-de ver, até porque o trailler do filme já vi e achei interessante :)
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