De todas as guerras que o Sr.Presidente da CMP tem comprado nos últimos tempos, a última foi sem dúvida de uma requintada elaboração. Rio, de cognome O Atormentador, delineou a finos contornos de malvadez a sua posição em relação aos ocupantes do Teatro Rivoli e, não fosse o assunto sério, poder-se-ia até pensar que Rio, O Atormentador, teria tido algum prazer na disputa de poderes com os Ocupantes.
Senão vejamos: ao fim de quase um dia de ocupação são desligadas as luzes dos acessos, do foyer e das casas de banho mas, note-se, as luzes do auditório continuam acessas e, detalhe brilhante, o ar condicionado foi ligado no máximo do frio. Já no terceiro dia de ocupação, é fechada a porta de acesso ao camarim com chuveiro, é desligada a corrente das tomadas e fechadas também as portas de vidro vedando assim o acesso ao exterior. Repare-se na perspicácia - a estratégia do enfraquecimento primeiro pelo frio e em seguida pelo isolamento. O golpe seguinte foi cortar o abastecimento de água e - sublime! - proibir os seguranças de receberem alimentos destinados aos ocupantes do Rivoli. Sobrevivessem os ocupantes à falta de banhos, de TV, de telemóveis e portáteis, à fome e ao frio não sobreviviam concerteza.
Tudo isto para que, no fim, a polícia fosse retirar os ocupantes do Rivoli por desobediência civil e ocupação indevida de espaço público, algo que Rio, O Atormentador, podia ter feito logo que tomou conhecimento da ocupação do Rivoli.
Haja pachorra.
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