18 outubro 2006

Le 8mm critique - Same old, same old

There are no possible spoilers on something everyone saw thousands of times.

De tão marcante que o World Trade Center foi, até me esqueci de o comentar.
Quando vou ao cinema, espero que o filme que vejo deixe uma marca - boa ou má tanto faz, desde que o deixe. Este filme não só não me deixou marca absolutamente nenhuma, como me fez pensar em porque é que alguém como Oliver Stone havia de conseguir fazer tão pouco com um tema tão grande.
É nítida a tentativa de fuga ao politíco, à opinião e, eventualmente, ao julgamento. O argumento é simples e foi bem aproveitado, mas aqueles de quem se narra a história podiam estar soterrados num qualquer outro edifício, numa qualquer outra altura da América pré ou pós 11 de Setembro sem que uma linha tivesse que ser modificada, apenas os cenários.

Não acredito que alguém seja indiferente ao que aconteceu, muito menos um americano (nova-iorquino, note-se) que fez filmes como JFK, Nascido a 4 de Julho ou Platoon. Não acredito também que se faça um filme com esta tragédia como pano de fundo e, deliberadamente, se evite falar dela. O pior, ainda assim, é que tal vontade em não tocar no polémico nem se vincular a uma opinião, deixou que a desgraça de dois homens (Will Jimeno e John McLoughlin) contada na primeira pessoa acabasse por balançar em jeito de aceitação aos acontecimentos pós-11 de Setembro levados a cabo pela administração Bush.
Ainda assim gostei da forma como foi narrada a perspectiva da família sem exagerar no dramatismo e do pequeno detalhe de, incluído na fala de umas das personagens, Oliver Stone ter insinuado a teoria do míssil no Pentagono.


O Momento: Pela negativa, a alucinação do Will Jimeno quando estava soterrado. Não encaixa em lado nenhum e roça a fantochada.

A Frase:
Nenhuma. Really.

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