Um concerto é perfeito quando dias depois ainda se faz sentir em todos os cantos. Foi assim com o concerto dos MUSE, domingo no Pavilhão Atlântico, que ainda hoje me soa nos ouvidos, na cabeça e na alma.
Aqueles 3 pequenos rapazes deram um espectáculo absolutamente gigantesco. O palco era fenomenal e os efeitos idem aspas, mas o melhor de tudo, como sempre, foi a música. Desde o Uprising até ao Knights of Cydonia quase 2h depois, é praticamente impossível escolher um momento alto, mas se o tivesse que fazer diria que foi um clássico, Plug in Baby. Foi de tal forma fabuloso que perdoei ao Bellamy não ter incluído a Invincible e o respectivo solo, aquele que me apaixonou desde a primeira nota e que era capaz de o ouvir tocar indefinidamente até as cordas rebentarem.
Desde a minha epifania com Muse há uns tempos atrás, que tenho reparado num certo ripple effect e, apesar de me fazerem companhia na escrita da tese todo o santo dia, todos os dias, há músicas que vão ganhando outras dimensões, que vão fazendo sentido sem que antes tivessem feito. É isso que me cola por completo e é por isso que ouvir o Feeling Good dos Muse conhecendo-o na voz da Nina Simone ou ouvir a Hysteria agora que sei cada nota e cada letra é simplesmente surreal.
Para fazer uma review deste concerto era preciso inventar palavras novas, talvez uma língua inteira porque a verdade é que não há, mesmo, palavras para descrever o que os ouvidos ouviram, os olhos viram e o peito sentiu. Melhor que um concerto de Muse? Só dois.
(foto de Pedro Moura Pinheiro)
2 comentários:
Dois concertos de MUSE?! Isso arranja-se facilmente! :)
:)
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