Não porque acredite que ele seja um Messias ou que tudo será vá ser perfeito a partir de Janeiro, mas porque acabei por me render à evidência de que ter um preto, sem medo de palavras, como presidente da nação mais poderosa do mundo diz muito mais por si só do que qualquer outra condição de carácter ou crença.
Num discurso inacreditavelmente sereno e cordial, John McCain foi o primeiro a dizê-lo sem medo e com relevo que merece:
A century ago, President Theodore Roosevelt's invitation of Booker T. Washington to visit -- to dine at the White House was taken as an outrage in many quarters. America today is a world away from the cruel and prideful bigotry of that time. There is no better evidence of this than the election of an African American to the presidency of the United States.
O Obama não ganhou por ser preto, nem apesar de ser preto. Ganhou o que seria impossível há menos de 50 anos atrás, fez de si um exemplo e espero que tenha dado o derradeiro passo para que, de facto, a cor de pele, tal como a cor do cabelo, dos olhos ou da artéria aorta, não se sobreponha ao que se pensa, ao que se faz, ao que se constrói e ao que se deixa.
1 comentário:
And yes "we" did!
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