24 maio 2007

Le 8mm critique - A aranha de 4 patas

Spoider

Desta vez começo pelo fim: não vale a pena gastar o dinheiro do bilhete de cinema para ver Spider Man 3. Nem se o bilhete for de borla.

Não que seja particular fã dos filmes do tio da Josefina, mas já que tinha visto os dois primeiros - e até confesso que o primeiro era um óptimo entretenimento - queria ver como acabava a historinha.

Das várias críticas que tenho a apontar ao filme, a primeira vai sem dúvida para o exagero de monolágrimas que existe neste filme. As personagens deste filme quando choram são bastante comedidas, só uma lágrima mas diga-se que é uma lágrima gorda, reluzente, sentida.
As cenas de acção são um exagero, do príncipio ao fim é um banho de efeitos especiais que cansa e tem o efeito contrário ao pretendido - em vez de entusiasmo provoca bocejos. A história de amor e traição é forçada, não tem pés nem cabeça, porque infelizmente houve quem quisesse fazer de uma banda desenhada uma história real e corriqueira que se podia passar com qualquer mortal. Porque todos nós temos um namorado(a) que sobe paredes, voa entre prédios e usa um fato de lycra apertadinho.

Quase nada em Spider Man 3 faz sentido - o arqui-inimigo fica amnésico, amigo, inimigo e amigo outra vez; pede ajuda porque não resolve o problema sozinho (o SpiderMan não pede ajuda, ele é a ajuda); há uma chicla preta que sai dum meteorito e, entre outras coisas, o Peter Parker faz uma figura lamentável e, diga-se, muito azeiteira.

De um modo geral, só se salva mesmo a sequência em que se forma o Sandman e mesmo isso tem um erro crasso. De resto a realização é fraca, os planos previsíveis e o desfecho da história igualmente.


O Momento: Porque é mesmo muito mau, a parte da dança do Peter Parker para fazer ciúmes à Mary Jane. Tão piroso que dói.

A Frase:
As pirosadas foram muitas. Não me ficou nenhuma.

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