05 dezembro 2006

Eu voto SIM, e tu?

Já tardava um post sobre o referendo da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). Agora que o sr. Cavaco - a quem, confesso, ainda tenho uma dificuldade ENORME em chamar de Presidente e, dificuldade essa, a que me vou manter agarrada o mais que puder - convocou o referendo para dia 11 de Fevereiro do próximo ano, há que começar a pensar seriamente no assunto e evitar atirar argumentos como quem atira pedras ao charco a ver se salta.
Para começar, o artigo de Helena Matos "A pedido da mulher" no Público de sábado passado, é um excelente ponto de partida. Também eu estou farta de imagens de embriões e fetos, de úteros e de ecografias - considero a chantagem emocional repugnante e de muito mau carácter.

O que tenho estranhado na blogosfera nos últimos tempos é que quando se fala em IVG (e no referendo à IVG) é predominante a opinião de homens, o que me leva a perguntar onde andam as mulheres? Ou porque é que este debate, em que apenas as mulheres podem ir parar à cadeira, é dominado por homens?
Falando em bruto apetece-me aproveitar a máxima No Uterus, No Opinion um bocadinho mais desprendidamente do que o fazia até aqui. Menos mal que os homens que conheço têm bom senso suficiente para discutir o assunto com elevação (e não, por bom senso não quero dizer os que votam sim), mas surpreende-me que, não obstante os meios políticos serem representados em grande parte por homens, na opinião pública - onde as mulheres podem, e devem!, fazer-se ouvir - o panorama seja o mesmo.

Está aberta a discussão e a campanha.
Comportem-se!!

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